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São Paulo, São PAulo
Sou ex-coordenadora Pedagógica,hoje sou professora de Desenvolvimento Infantil da prefeitura de São Paulo, formada em Pedagogia e em Artes Plásticas, tenho 25 anos, tenho uma deficiência Visual e faço parte das pessoas que acreditam que só com uma boa educação podemos mudar o mundo e a nossa condição social, pois o ensino liberta, é capaz de formar opiniões, quebrar paradigmas e construir um mundo melhor

terça-feira, 9 de novembro de 2010

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

ATIVIDADES DE ESTIMULO À LINGUAGEM PARA BERÇÁRIO




3 Meses:

* Prender com uma fita perninha do bebê a um móbile;
* Encaixar a alça de um chocalho nos dedinhos do pé de um bebê;
* Amarra a chupeta ou um brinquedo no pezinho de modo que a criança tenha que dobrar a perna para alcançar a boca;
*Prancha de textura (deixe a criança sentir a diferente textura com as mãos e com os pés);

3 a 4 Meses:

* Segurar o objeto preso por um fio e fazer movimentos para que a criança tente pegá-lo esticando os bracinhos e acompanhando os seguintes movimentos:
- Acima / Abaixo
- Longe / Perto
- Pendulo / Circular

* Seguir o objeto focalização

- Acima / Abaixo
- Longe / Perto
- Lados / Diagonais


* Esconder um objeto e mostrar a criança logo em seguida
* Esconder o objeto e apresentá-lo ao bebe com as mãos alternadas, até que ele desenvolva a habilidade de memorizar que o objeto aparece cada vez em uma mão e olhar antecipado.
* Induzir a imitação de movimentos simples:

- Colocar a língua para dentro e para fora
- Abrir e fechar a boca
- Fazer bico / vibrar os lábios e as línguas
- Abrir e fechar as mãos / bater palmas

* Esconder o rosto com um pano e esperar que a criança puxe para te achar
* Esconder um objeto embaixo de um pano e esperar que a criança puxe o pano e depois puxe o pano para achá-lo

4 a 6 Meses:

* Segurar uma bandeja de alumínio e incentivar a criança a chutar a bandeja fazendo barulho
* Cantar balançando a criança de acordo com a canção da música
* Cobrir a criança com um lençol fazendo uma cabaninha

6 a 7 Meses:

* Colocar a criança sentada em cima de um lençol e a arrastá-la puxando o lençol. A criança deverá fortalecer o abdômen para manter-se sentada.
* Rolar
* Engatinhar / passar por cima, por baixo de obstáculos.
* Sentar a criança em uma bola grande, para incentivar a criança a se equilibra-se com uma perna de cada lado.

8 a 12 Meses:

* Colocar a criança de costas, emitir sons por trás dela e esperar que ela vire-se em busca da localização da fonte sonora.
* Colocar e retirar objetos de dentro de uma caixa
* Bater pinos com o martelo
* Arremessar objetos
* Encaixar objetos com uma base com pinos
* Montanha Russa

1 a 2 anos e 5 meses:

* Empilhar peças
* Emparelhar peças
* Encaixar pinos
* Encaixar formas
* Encaixar seqüências de tamanhos:
- através de deslizamento
- em local determinado
- idem apenas com orientação
- idem com 2 locais determinados
- idem com 3 locais determinados
- idem com 4 locais determinados
- idem com todas as peças
- Encaixar de ponta cabeça
- Misturar 2 encaixes de forma diferentes



CONTEÚDO

* Apresentação de fantoches
* Apresentação de figuras em livros
* Apresentação de animais / frutas / comidas / carros / pessoas / objetos de uso pessoal para nomeação.
* Imitação de seqüências de movimentos
* Imitação diferida (faz de conta)
* Incentivo à brincadeira simbólica.



ATIVIDADES PARA BERÇÁRIOS

Sugestões de atividades e estímulos para o berçário

"O adulto precisa apresentar o mundo"
* Chocalho com garrafa pet, copo de iogurte, yakut...
* Saquinhos de cheiro feito com tnt algodão e vários aromas.
* Bolinhas de cheirinho feito com meia calça* Caixa supresa, encapada e com um buraco para caber a mãozinha do bebê.
* Tampas de Nescau com figuras.
* Cds com figuras, furado e usado como móbile.
* Abrir uma caixa de papelão e fazer uma casa, ou um carro.
* Janelinhas das sensações.
* Cd com cantigas com voz de criança, músicas clássicas.
* Sagu com anelina dentro de pet, pode usar também glitter, lantejoula...
* Varal das sensações.
* Cestos dos tesouros.
* Pendulo com bola e elástico colado no teto
* Soprar ( canudo grosso), fazer bolhas ensinar a criança a respirar pelo nariz( variar com gelatina colorida).


ESCONDE-ESCONDE

_ IDADE A partir de 6 meses.

_ O QUE DESENVOLVE Noção de que as pessoas e os objetos continuam existindo mesmo quando saem do campo de visão.

_ COMO BRINCAR Se esconda atrás de uma porta ou de algum objeto grande e chame o bebê, fazendo com que ele procure você. Apareça novamente. Cubra a sua cabeça com um pano e chame a criança pelo nome. Depois de alguns segundos, retire o pano. Esconda um objeto que o bebê goste, como um ursinho, e pergunte: "Cadê o ursinho? Onde ele está?" Incentive a criança a procurá-lo. Depois, mostre o objeto. Essa atividade ajuda a criança a compreender a ausência dos pais quando eles saem, por exemplo, para trabalhar.

Encaixes (para bebês)Uma caixa dentro da outra e o bebê aprende o que é grande, pequeno, leve e pesado.

_ IDADE A partir de 6 meses.

_ O QUE DESENVOLVE

Noção de tamanho e de peso.

_ BRINQUEDO

Caixas de papelão e potes plásticos de vários tamanhos e formatos.

_ COMO BRINCAR

Coloque um pote dentro do outro, mostrando que o menor cabe dentro do maior. Vire os potinhos de ponta-cabeça e coloque um sobre o outro até formar uma torre. Deixe a criança brincar à vontade com os potes e colocar as mãozinhas dentro deles. Quando ela pegar um pote sozinha ou dois deles (um dentro do outro), vai perceber a diferença de peso. Você pode fazer: Monte cubos de diferentes tamanhos com caixas de leite. Recorte o papelão e emende as laterais com fita crepe. Depois, pinte.

Cores (para bebês)

Blocos de espuma azuis e vermelhos...
Um em cima do outro e, de repente, todos no chão!

IDADE

A partir de 3 meses.

_ O QUE DESENVOLVE

Coordenação motora e a visão, que começa a ficar mais nítida a partir do terceiro mês.

_ BRINQUEDO

Blocos coloridos de espuma.

_ COMO BRINCAR

Movimente os blocos, coloque uns sobre os outros. Deixe a criança segurá-los e derrubá-los.

_ ESTE VOCÊ FAZ


Corte o fundo de duas garrafas PET transparentes e coloque papel crepom picado, de diferentes cores e tamanhos, dentro desses recipientes. Junte um ao outro com fita adesiva. Também é possível usar água, óleo e purpurina. Utilize vasilhames de diferentes tamanhos para que o bebê perceba que sua mão envolve o objeto de várias maneiras.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Atividades de Artes


Representações da Paisagem



Bloco de Conteúdo
Arte

Conteúdo
Arte em Diferentes Épocas e Lugares

Introdução

A paisagem, gênero artístico fundamental nas classificações da pintura, pode representar diferentes contextos de tempo e espaço e oferece aos observadores passeios imagináveis. Um dos períodos da História da Arte em que a paisagem fez-se muito presente é o impressionismo, movimento de pintura que se originou na França, nos anos 1860. À época, o interesse dos artistas era a busca e representação da luz natural e suas variantes, o que os levou a sair de seus ateliês em busca de paisagens à luz do dia para serem pintadas. Fascinados pela relação entre luz e cor, evitavam cenas religiosas ou românticas para se concentrar apenas nas paisagens e cenas do dia-a-dia. Uma mesma paisagem ou cenário era pintado várias vezes a partir das mudanças e impressões causadas pela incidência do sol. O educador pode exemplificar a temática por meio das obras do principal expoente do impressionismo, o pintor Claude Monet seu quadro Impressão Levantar do sol, aliás, foi a inspiração para o nome do movimento artístico. Depois de conhecerem as obras dos artistas apresentados, o professor pode propor aos alunos que representem sua realidade usando a observação e a imaginação.

Objetivos

- Aguçar o olhar através do desenho de observação do entorno;
- Imaginar novas realidades a partir do desenho;
- Fazer com que o aluno perceba diferentes realidades sociais.

Conteúdos

- Desenho de Observação;
- Desenho de imaginação;
- Características e contexto da obra de Claude Monet.

Ano

1º e 2º

Tempo estimado
1 aula

Materiais Necessários

O educador pode escolher reproduções de obras do pintor Claude Monet, artistas significativo do Impressionismo. Lápis grafite, lápis de cor. Giz de cera, papel Canson tamanho A3.

Desenvolvimento das atividades

Tipos de paisagem

O interesse nessa aula não é que o aluno tenha uma iniciação no ensino da história da arte e nem uma preocupação com a luz e suas representações. O período histórico é o foco do trabalho, pois a partir das imagens é possível apresentar levantar questões sobre tempo, localização, comparação da época, roupas, despertando um interesse pela obra de Monet. Há que se atentar que o assunto será abordado para crianças de 1ª e 2ª séries, algumas das quais não aprenderam nem a ler. O impacto visual das obras deve ser explorado.

A atividade é simples: depois de uma breve conversa sobre as obras de Monet, o educador deve fazer a entrega do material e pedir para que os alunos dobrem ao meio a folha de papel canson A3. Todos devem sair da sala de aula procurando espaços aonde possam sentar-se no chão e desenhar. A quadra ou o pátio da escola podem ser ideais.

A proposta é que os alunos representem, de um lado da folha, uma parte da escola que estejam observando. O educador pode pedir para que cada um escolha uma paisagem da própria escola para desenhar. Nessa fase, a abordagem é direcionada ao desenho de observação. No verso da folha, o educador pode pedir para que os alunos façam o mesmo desenho mas, dessa vez, interferindo com elementos que ele gostaria que estivessem presentes na produção, usando a imaginação. Pode ser necessário usar uma próxima aula para a atividade que envolve a segunda representação.

Outra opção de atividade, que pode ser feita com o mesmo material, é pedir para os alunos dividirem a folha ao e sugerir temas como a representação da paisagens rurais e paisagens urbanas ou mesmo situações que retratem a localização e a realidade dos alunos. Enfim, cabe ao educador buscar caminhos para despertar a imaginação e criatividade. Para finalizar, conversar com os alunos sobre suas produções e escolhas.

Sumiê



Bloco de Conteúdo
Arte

Conteúdo
Gêneros

OBJETIVOS

■ Pesquisar a arte chinesa.
■ Explorar materiais e técnicas artísticas.
■ Pintar com a técnica do sumiê.
■ Apreciar a própria obra e a dos colegas.

CONTEÚDOS
■ Arte chinesa.
■ Pintura chinesa (sumiê).

ANOS 2º ao 5º.

TEMPO ESTIMADO: Dois meses.

MATERIAL NECESSÁRIO

Reportagens sobre cultura e arte chinesas, uma lenda chinesa (sugestão: Os Dez Sóis Que Se Apaixonaram pelas Doze Luas), papel canson, aquarela sólida, pincéis redondos de diferentes tamanhos, cartolina, tesoura, giz de cera, adesivo de dupla face, caneta esferográfica grossa e papel cartão, máquina fotográfica e filmadora.

DESENVOLVIMENTO

■ 1ª ETAPA

Organize uma roda para apresentar o projeto e os conteúdos que serão trabalhados. Em seguida, peça que cada criança imagine um lugar na China e o desenhe em folha branca,
com lápis de cor. Pendure as obras e discuta os resultados. Qual o motivo da escolha daquela paisagem? E das cores? Que sentimentos as pinturas transmitem? Avalie os conhecimentos que a turma já tem sobre a cultura ou a estética do país. Como lição de casa, solicite uma pesquisa sobre artes plásticas, moda, arquitetura e cinema chineses. Selecione o material levado pelos alunos e organize-os em grupos de quatro. Distribua cartolina, cola, tesoura, caneta hidrocor, lápis de cor e giz de cera e oriente-os a fazer um
cartaz com texto e imagens sobre uma das áreas pesquisadas. Reserve uma aula para as apresentações. Sistematize as novas informações, chamando a atenção para os aspectos típicos da arte chinesa, como os traços que guiam as formas e as pinceladas soltas. Leve
outros materiais para consulta.

■ 2ª ETAPA

É hora da primeira apreciação. Apresente informações sobre artistas clássicos, como o pintor Shi Tao (1630-1724), e contemporâneos, como Chen Kong Fang, Wu Guanzhong, Chan Chi Vai, Chan Ka Son, Chau Van, Che Ho e Massao Okinaka (1913-2000), que
introduziu o sumiê no Brasil. Fale sobre as características da técnica e selecione obras de pelo menos dois pintores. Incentive a comparação entre elas, fazendo perguntas relativas a cores, formas e linhas. Há diferença entre o sumiê antigo e o contemporâneo? E entre a arte chinesa e a ocidental?

■ 3ª ETAPA

Leia para a turma o conto Os Dez Sóis Que Se Apaixonaram pelas Doze Luas. No meio da história, as escritas chinesas se tornam enigmas. Convide os alunos a decifrá-las e peça que escolham passagens para representar com pinturas. Distribua papel canson, aquarela e pincel redondo. Cada estudante deve fazer cinco produções, usando o pincel com força ou leveza, deitado ou em pé, com tinta diluída ou espessa, e posicionar a mão de diversas maneiras para fazer manchas, linhas e pontos. Deixe os trabalhos deitados até que sequem.

■ 4ª ETAPA

Pendure tudo em um varal para um segundo momento de apreciação. Pergunte sobre as semelhanças e diferenças entre o sumiê visto nas aulas anteriores e o que produziram.

PRODUTO FINAL
■ Exposição de arte. Separe registros de todas as etapas do projeto e monte um painel com as observações que você fez durante o processo. Na exposição, todos devem se revezar para receber os visitantes e dar as explicações necessárias.

AVALIAÇÃO

No fim de cada aula, anote hipóteses, percepções e interpretações dos estudantes. Na última aula, em roda de conversa, peça que relatem o que mais gostaram e as justificativas das escolhas feitas nas diversas etapas.

Auto-retrato
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Arte
Conteúdo

Gêneros

OBJETIVOS
■ Apreciar trabalhos de artistas que são referência em auto-retrato.
■ Fazer auto-retrato com desenho e pintura.
■ Atribuir signos à própria imagem.
■ Identificar marcas pessoais na maneira de desenhar e pintar.

CONTEÚDOS

■ Auto-retrato.
■ Apreciação de obra de arte.
■ Desenho e pintura.

ANOS 2º ao 5º.

TEMPO ESTIMADO Doze aulas.

MATERIAL NECESSÁRIO

Livros com reproduções de auto-retratos e reproduções de imagens em transparência, retroprojetor, lápis de cor, folhas de papel sulfite, papel craft ou cartolina branca, caneta hidrocor, giz de cera, espelhos portáteis, pincéis, tinta guache (nas cores primárias, preta e branca), recipientes para água e mistura de tintas, fotografias dos estudantes (antigas e atuais) e telas para pintura ou papelão, preparado com mistura de guache e cola brancos.

DESENVOLVIMENTO

■ 1ª ETAPA

Na primeira aula, apresente o planejamento do projeto, os materiais e o resultado esperado. Pergunte o que a classe já fez em Arte e os pintores conhecidos. Mostre
imagens de retratos e auto-retratos de artistas de diferentes épocas (como Frida Kahlo, Tarsila do Amaral, Vincent Van Gogh [1853-1890] e Rembrandt van Rijn [1606-1669]).
Elabore questões que instiguem a busca por semelhanças e diferenças no modo de pintar e a descoberta de expressões preferidas de cada um. Ao mesmo tempo em que conduz a apreciação, dê informações sobre o artista. Nas aulas seguintes, escolha um pintor que tenha produzido vários auto-retratos, levando em conta a história e os interesses do grupo. Apresente pelo menos cinco reproduções que caracterizem seu estilo ou as fases pelas quais passou. Converse com a turma sobre elementos formais, como cor, harmonia, contraste, tipo de pincelada e o significado das imagens. Em novo momento de análise,
mostre o trabalho de outro pintor para comparar e evidenciar as marcas pessoais. Alterne situações de apreciação e produção para que os estudantes entrem em contato com o mesmo conteúdo conhecendo diferentes pontos de vista. Distribua folhas de papel sulfite branco e lápis de cor e peça que recriem, de memória, uma das imagens mostradas. Observe o que mais chamou a atenção durante a observação e pergunte o motivo da escolha. Preste atenção: crianças de 4º e 5º anos geralmente usam mais elementos simbólicos do que as de 2º e 3º, que, por sua vez, se fixam mais em cores e formas. Se algum desenho for apenas um traço, converse com o aluno sobre a idéia que ele deseja transmitir, estimulando-o a lembrar detalhes que remetam à mensagem, e ajude-o a incluí-los na produção.

■ 2ª ETAPA

Agora é hora de explorar a observação do corpo. Oriente a turma a contornar a mão no papel, a desenhar símbolos dentro do traço e a pintá-los. Ao mesmo tempo, arme um retroprojetor com a luz voltada para a parede. Em duplas, a turma deve fazer silhuetas em
uma folha de papel craft presa à parede. Em seguida, acomode as produções no chão para que sejam criados, com giz de cera, elementos que caracterizem cada um deles. Na aula
seguinte, distribua os espelhos para a obervação do rosto. A garotada deverá agora fazer um auto-retrato com lápis de cor, em folha sulfite. Para o encontro seguinte, peça que as crianças tragam três fotos de casa: uma de quando eram bebê, outra, um pouco mais
velhas, e uma atual. Para formar uma seqüência, elas devem se representar como se imaginam no futuro. Assim, se perceberão como pessoas em constante transformação. Quem não tiver fotos pode se desenhar em três fases da vida. Oriente-as a pensar no que gostariam de ser quando adultos e a criar um fundo com diferentes paisagens ou ambientes.

■ 3ª ETAPA

Reserve três aulas para a pintura do auto-retrato em tela com tinta guache. Mostre novamente auto-retratos de artistas para que sejam observadas cores, pinceladas e a relação figura/ fundo. Separe a classe em grupos de quatro e distribua recipientes com
tintas das cores primárias e pincéis de diversos tamanhos. Sugira que todos façam misturas e revelem novos tons e cores. Intercale sempre as situações de produção com as de apreciação dos trabalhos. Isso vai permitir que a turma descubra o que mais pode fazer e que detalhes, pinceladas e cores é possível criar e experimentar. Na última aula,
promova um amplo debate sobre os auto-retratos e as marcas que apareceram na própria pintura e na dos colegas. No último encontro, oriente a garotada a organizar uma exposição.

PRODUTO FINAL

■ Exposição de arte aberta ao público. Monte uma mostra dos trabalhos e convide pais, professores e colegas das outras turmas. Exiba todas as atividades desenvolvidas para
que os visitantes conheçam a trajetória dos estudantes de Arte.


AVALIAÇÃO

Crie pautas de observação, aponte o que é importante cada série aprender e como os alunos se saem (se descobrem o uso de símbolos e utilizam novas cores, se colocam
mais detalhes e expressões faciais ou se de cada produção, organize momentos coletivos de apreciação. Nos auto-retratos, pergunte que transformações identificam nas criações e que marcas apreciam na tela dos colegas.

Bloco de Conteúdo

Arte
Conteúdo

Desenho - Pintura - Colagem - Escultura

Mais sobre pintura

Planos de aula
• Oficina de percurso
• Experiências sensoriais

Objetivos

- Fabricar tintas e pincéis em diferentes tamanhos e formatos.
- Realizar pinturas com os instrumentos fabricados.

Conteúdo

Pintura.

Anos

3º e 4º.

Tempo estimado

Quatro aulas.

Material necessário

Para a fabricação dos pincéis: palitos de churrasco, de sorvete e de dente, varetas de bambu, gravetos (cabo), vassouras, escovas de dente e de roupa (pelos), linha, barbante e durex colorido (amarração). Para as tintas: água (solvente, usado para dissolver os ingredientes), terra e areia de diferentes tonalidades, sementes, carvão, folhas, pétalas, beterrabas, cenouras, maços de espinafre, pedaços de papel crepom embebidos em álcool, folhas de goiabeira e laranjeira, giz, pó de café (pigmentos, que conferem cor à tinta), cola branca, goma-arábica e gema de ovo (aglutinantes, que dão liga à mistura).

Preparação

Durante a coleta de materiais, atente para espécies de plantas venenosas ou que causem alergias, deixando-as fora da atividade. Oriente as crianças a não arrancar folhas e flores, mas coletá-las do chão.

Desenvolvimento

1ª etapa

Converse sobre os tipos de instrumento de Arte que os alunos conhecem e já utilizaram. Conte a eles que, ao longo da história, em diferentes épocas e regiões, as pinturas foram feitas com materiais muito diversos. Mostre imagens de referência. Convide o grupo a coletar materiais para criar ferramentas e jeitos de pintar. Explique que cada um dos instrumentos requer três elementos: o pincel precisa de cabo, pelos e um material para uni-los. As tintas usam aglutinante (para dar liga), pigmento (para dar cor) e solvente (para dissolver).

2ª etapa

Proponha a fabricação dos pincéis. Introduza questões que relacionem a forma com a função do instrumento: que tipo de pincel produz pinceladas finas? E grossas? O que usaríamos para pintar uma parede? Que tipo de pincel é melhor para pintar uma folha sobre a mesa? Incentive os alunos a montar quantos modelos desejarem e a usar a criatividade tanto na fabricação como na decoração das ferramentas - que pode ser feita com fita adesiva colorida, por exemplo.

3ª etapa

Na fabricação das tintas, convide as crianças a fazer distintas combinações. Mostre que é possível construir diferentes características de tonalidade, espessura, densidade e brilho.

4ª etapa
Peça que os estudantes experimentem as primeiras pinceladas. Oriente-os a testar diferentes suportes, dependendo do material que produziram. Por exemplo, um pincel feito com cabo de vassoura funciona melhor em um papel colocado no chão, preso à parede ou sobre a mesa? E uma tinta mais aguada, em que superfície se dará melhor? Incentive ainda a troca de tintas e pincéis.

5ª etapa

Peça que cada criança escolha o suporte que mais lhe agradou e, com seu pincel, faça várias pinturas, explorando as possibilidades das pinceladas, das cores etc. Se necessário, repita a produção de tintas que terminaram ou estragaram. O tema pode ser livre ou ter relação com algum projeto em andamento.

Avaliação

Organize um debate sobre as escolhas feitas, desde a coleta até as pinturas finais. Avalie se os alunos compreenderam a conexão entre o tipo de ferramenta utilizado e o resultado atingido.

Ateliê na sala de aula

Bloco de Conteúdo

Arte

Conteúdo

Desenho - Pintura - Colagem - Escultura
Objetivo

Criar um ambiente adequado para o trabalho de arte visual.

Anos

1º ao 3º.

Tempo estimado

O ano todo.

Material necessário

Tintas, papéis, pincéis, sucatas, um carrinho e caixas.

Atividades

• Ateliê, do 1º ao 5º ano
• Oficina de percurso

Desenvolvimento

1ª etapa

Comece pensando nas possibilidades de reorganização do espaço para a aula de Arte, considerando o uso de carteiras e paredes. Explore também outras áreas, lembrando que é possível desenhar na areia, pintar sobre ladrilhos, riscar o cimento com giz e compor desenhos no chão com as folhas caídas de uma árvore.

2ª etapa

Utilize um carrinho para transportar tudo de uma sala para outra. Pode ser um carrinho de supermercado adaptado ou, ainda, uma caixa com rodinhas.

3ª etapa

Para evitar que a aula deixe "rastros", tenha à mão panos e jornais. Combine, ainda, que todos usem uma camiseta velha ou um avental na aula.

4ª etapa

Ajude os alunos a se familiarizar com o ateliê, ordenando os materiais por tipo (lápis e canetinhas de um lado, papéis de outro). Para incentivá-los a compartilhar, forneça copos descartáveis para dividir a tinta.

5ª etapa

Providencie um espaço para a apreciação montando uma grande bancada com mesas ou um varal para expor trabalhos.

6ª etapa

Pergunte o que é preciso fazer para que tudo fique arrumado e limpo no fim: lavar pincéis, jogar jornais sujos fora, guardar a tinta que sobrou, reorganizar carteiras, pendurar trabalhos prontos etc. Organize grupos e responsabilize cada um pela realização de uma dessas tarefas.

Avaliação

Avalie como os alunos lidam com a nova organização da sala e os materiais, verificando se devolvem tudo ao lugar e limpam os instrumentos adequadamente. Se nem todos tiverem finalizado suas produções, guarde-as para que possam continuá-las na próxima aula de ateliê.


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Arte

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Desenho - Pintura - Colagem - Escultura

Introdução

O aprendizado da arte não se esgota na aquisição de respostas e de regras. A aprendizagem inventiva possui duas características. Em primeiro lugar ela não se esgota na solução de problemas, mas inclui a invenção de problemas. Em segundo lugar, ela não é um processo de adaptação ao mundo externo, mas implica na invenção do próprio mundo.
Virgínia Kastrup

O contato dos alunos com a produção artística e a autonomia em relação ao fazer são determinantes na hora de planejar. Quando o professor considera as características do lugar em que vive e de seu grupo, a atividade ganha muito mais sentido, pois favorece a continuidade do percurso de criação pessoal. Por exemplo, se o grupo vive perto de um leito de rio que tem argila como matéria prima, então este material, muito abundante na região, pode fazer parte da atividade.
Conteúdo relacionado
Reportagens
• Experiências sensoriais
• A classe vira ateliê
• Arte com sementes
• Panoramas e perspectivas: Arte
Edição especial
• Especial de Arte
No início, é importante que os participantes apreendam o espaço, apropriem-se dele. O espaço precisa ter uma estrutura fixa, que vai sendo aos poucos organizado numa parceria entre professor e alunos. Pode ser na própria sala, num pátio coberto, no refeitório a escola. O nome da atividade, oficina de percurso, parte da idéia de que a sala de aula seja transformada em um ambiente propício e estimulante para o trabalho artístico pessoal, inspirado em ateliês de artistas.

A regularidade é fundamental para este tipo de atividade, por isto é importante que a constância seja definida pelo professor e comunicada as alunos. Contar para eles qual é o dia da semana em que irá ocorrer, marcar em um calendário ou quadro de rotina as datas e horários, ajuda os alunos a se organizarem no tempo e projetar idéias.

Diferente das situações propostas pelo professor, na oficina de percurso são os alunos que pensam nas propostas, a modalidade e materiais que precisam para concretizar suas idéias.

Objetivos

A oficina de percurso é uma estratégia fundamental para a construção e desenvolvimento do processo criador.

Ano

1º. ao 5º. ano

Tempo estimado

Atividade permanente

Materiais necessários

Meios: Os meios podem ser secos e aquosos.

Secos: giz de cera, giz pastel, lápis de cor, lápis grafite, giz de lousa, caneta hidrocor.

Aquosos: guache, anilina, nanquim, tintas de terra e outros pigmentos naturais.

Suportes: papel (para ser utilizado como suporte e retalhos para recorte e colagem), papelão, tecido, madeira, lixa, revistas, jornais. Normalmente os suportes são retangulares, eles podem ser alterados e oferecidos em diversidade de tamanho, forma, cor, textura, gramatura. As esculturas também podem ter suportes diferentes, tais como papelão em diferentes formatos e cores, madeira, sucata.

Para produção tridimensional: o trabalho tridimensional pode acontecer segundo dois princípios - modelagem e construção. Para a modelagem, alguns materiais possíveis são a argila, o papel, o algodão, o arame. Já para a construção a madeira e a sucata.

Ferramentas: pincéis, rolo, tesoura, palitos, martelo, esponjas, escova de dente, furador, grampeador, etc.

Elementos de ligação e outros: cola, fita crepe, durex, fios, barbante, grampos de papel, prego.

Elementos da natureza: terra, folhas, flores, sementes, pedras, cascas de árvores, galhos.

Desenvolvimento das atividades

Aula 1

- Organize uma bancada com materiais variados para que os alunos façam escolhas do que desejam realizar.

Para que as escolhas aconteçam de maneira autônoma, é necessário que os materiais oferecidos sejam conhecidos, que tenham sido utilizados em situações de propostas. Desta maneira, os alunos poderão aprofundar suas pesquisas em relação aos meios, suportes e ferramentas, de acordo com seu desejo, desenvolvendo pesquisas pessoais.

- Selecionar materiais de pelo menos duas modalidades – desenho e colagem, por exemplo
Uma gama reduzida de meios, suportes e ferramentas pode ser selecionada segundo critérios de possibilidades de novas combinações e descobertas, favorecendo a familiarização e um movimento autônomo na criação.

- Organizar a primeira oficina, para que sirva como referencia para as seguintes
Uma estrutura fixa pode ser organizada aos pouco e de modo compartilhado entre alunos e professor.

Professor e alunos podem pensar juntos:
- Quais os materiais poderão estar disponíveis?
- Como ficarão dispostos?
- Como as carteiras podem ser reorganizadas?
- Os bancos do pátio podem servir de bancadas?

Ver imagens de ateliês pode ajudar na concepção do espaço e organização dos materiais O professor vai orientando para que os materiais sejam organizados por tipos.

Assim, neste primeiro contato com a oficina de percurso, um longo tempo precisa ser dedicado à apresentação da atividade, mas os alunos também precisam experimentar o que significa estar em oficina, por isto é importante reservar pelo menos meia hora para a realização de trabalhos pessoais. Solicitar que conforme forem finalizando os trabalhos, pendurar em varal para que possam ser apreciados posteriormente.

É importante orientar para que peçam apoio dos colegas durante a produção, e se necessário, do professor.

O professor deve observar os alunos durante toda a atividade, fazendo intervenções individuais, conforme identifique a necessidade. Estas intervenções podem ser para dar apoio técnico, para conhecer mais o processo de cada um, para indicar caminhos e debater sobre idéias.

Aula 2

Apreciar os trabalhos realizados na oficina anterior pode ser um bom encaminhamento para a continuidade do processo iniciado.

Proponha aos alunos que compartilhem escolhas, conquistas e resultados. É importante que o professor analise antes da aula os trabalhos que serão apreciados, para planejar boas perguntas sobre eles. Não é necessário apreciar todos os trabalhos. Pode ser feita uma seleção dos que serão apreciados a partir de diferentes critérios, de acordo com o objetivo da apreciação.

Para uma primeira apreciação, uma sugestão é apreciar as modalidades que foram consideradas na oficina - desenho, pintura, colagem, escultura - e as possibilidades de combinação de modalidades e mistura de materiais, ou seja, o caráter experimental da atividade. Isto não significa que os alunos que preferem trabalhar única e exclusivamente com uma modalidade e material não possam realizar trabalhos de qualidade. Ao contrário, esta pode ser a idéias de uma próxima apreciação. Outra possível é debater sobre o tempo de realização de cada trabalho. Enquanto em uma oficina alguns alunos realizam mais de um trabalho, outros podem levar algumas aulas para finalização, o que precisa ser reconhecido entre os alunos como marca pessoal.

Outras sugestões de propostas para apreciação:
- Diante dos trabalhos de todo grupo, conversar sobre o processo de cada um, como tiveram a idéia do trabalho, mudanças no percurso.
- Selecionar um trabalho de cada modalidade, de alguns alunos, para debater sobre as suas características, os materiais utilizados, outras possibilidades.
- Selecionar alguns trabalhos na mesma modalidade, de diferentes alunos, para observar semelhanças e diferenças, e trocar possibilidades dentro da mesma modalidade.
- Selecionar vários trabalhos do mesmo aluno para observar marcas pessoais
- Trazer imagens de trabalhos de diferentes procedências para estabelecer diálogos entre a produção dos alunos e de outros agrupamentos.

Sucessivas apreciações, quando cuidadosamente planejadas, ajudam os alunos a aprender a falar sobre o que fazem, para além de bonito, feio, gostei de fazer, legal. Além disso, as propostas de apreciação favorecem a valorização da própria produção e a de outros.

Após a apreciação, que pode ocupar aproximadamente 20 minutos da oficina de percurso, partir para a produção. A oficina já deve estar organizada, na mesma estrutura da aula anterior, apenas com as modificações necessárias para tornar o espaço e organização de materiais mais adequados. Munidos das informações que circularam durante a apreciação, cada aluno pode partir para sua pesquisa artística pessoal.

Aula 3

Conforme a aquisição de autonomia para a criação for crescendo a gama de materiais devem ser ampliadas e a freqüência das oficinas de percurso bem como o tempo de duração da atividade também.

Além do desenho e colagem, podem ser incluídos materiais para realização de pintura. Quando uma nova modalidade passa a integrar a oficina, os alunos precisam ser comunicados e o espaço reestruturado para comportar esta alteração sem prejudicar a organização e a autonomia dos alunos. Para a pintura, podem ser reservados diferentes espaços, por exemplo, sobre a mesa, no chão para grandes formatos e na parede para aqueles que preferem pintar na vertical. As diferentes possibilidades de posição do suporte implicam em diferentes gestos para pintar, por isto, é importante que os alunos conheçam estas possibilidades também na situação de propostas (seqüência didática).

Produto final

Exposição de pelo menos 3 trabalhos de cada aluno que revelem suas marcas pessoais. Pode fazer parte da exposição um pequeno texto escrito pelo próprio aluno, para que conte aos visitantes algumas características de seu processo criador. As visitas podem ser acompanhadas pelos próprios alunos que podem fazer relatos sobre seu processo. Uma oficina de percurso pode ser oferecida aos visitantes, para que eles experimentem também esta estratégia.

Avaliação

É importante que ao longo de quatro oficinas de percurso, todos os alunos possam ser observados durante o processo. Quanto mais o professor conhecer características do percurso de cada aluno, mais precisas serão suas intervenções.

Avaliações do grupo todo precisam ser realizadas periodicamente, uma vez que as oficinas de percurso revelam o que os alunos sabem e o que mais precisam saber. Por exemplo, se o professor observa que nas colagens realizadas por alunos que escolheram trabalhar nesta modalidade, que podem conhecer mais possibilidades e procedimentos, o professor pode planejar uma seqüência para todos os alunos que favoreça um aprofundamento em relação a modalidade.

Ateliê

Bloco de Conteúdo
Arte

Conteúdo

Desenho - Pintura - Colagem - Escultura
Objetivo
Desenvolver o processo criador.

Conteúdo específico
Percurso de criação.

Anos
1º ao 5º.

Tempo estimado
Uma aula.

Material necessário

Giz de cera, lápis de cor, canetas, papel, tecido, revistas, tesoura, palitos, cola, fita crepe, barbante. Varie o material a cada proposta.

Conteúdo relacionado


Desenvolvimento

1ª ETAPA

Organize numa bancada materiais para modalidades já conhecidas pela turma (desenho ou colagem, por exemplo). Deixe cada aluno livre para aprofundar as pesquisas em relação a meios, suportes e ferramentas, descobrindo diferentes combinações. Pendure os trabalhos em varais.

2ª ETAPA

Selecione algumas produções para analisar coletivamente. Proponha que todos compartilhem escolhas e resultados, reconhecendo as marcas pessoais dos autores. Oriente-os a retomar a criação. Conforme eles ganhem autonomia, aumente a variedade de materiais, a freqüência das oficinas e o tempo de duração.

3ª ETAPA

Organize uma mostra com três pinturas de cada aluno. Peça que façam textos explicando os passos das produções. Os visitantes podem ser guiados pelos próprios autores.

Avaliação

articipe com apoio técnico individualizado, indicando caminhos e debatendo resultados.

A cor da expressão

Bloco de Conteúdo
Arte

Conteúdo
Desenho - Pintura - Colagem - Escultura

Ano
3º ou 4º anos

Tempo necessário
4 aulas

Introdução

A cor também é importante para que possamos expressar nossas idéias e sentimentos para outras pessoas, utilizando linguagens artísticas (pintura, desenho, gravura, teatro). É um elemento que tem significados diferentes para diferentes culturas e sua análise possibilita conhecer mais sobre suas possibilidades. Vamos nessa atividade explorar esses pontos apreciando algumas obras do pintor espanhol Pablo Picasso. Em seguida, os alunos desenharão e pintarão expressões de acordo com a cor que acreditam representar melhor essas expressões. Esse material, feito em cartões, será utilizado em jogos de memória e de adivinhação.

Objetivos

a) experimentar as possibilidades expressivas da cor;
b) interpretar e associar as cores às reações fisionômicas das pessoas, tanto no universo artístico quanto no cotidiano;
c) observar os significados das cores no cotidiano.

Material necessário

- Cartolina cortada em forma de cartões tamanho 10x15 cm;
- Lápis grafite;
- tinta guache;
- pinceis;
- imagens de pinturas de Picasso, principalmente da fase rosa e azul.

Organização da sala

Discussão sobre cores e das imagens de obras de Picasso: sala em 'u' ou em roda. Execução dos cartões: alunos em duplas.

Desenvolvimento da atividade/ procedimentos

Na primeira aula,

faça uma discussão com seus alunos sobre a presença e a importância da cor em nossa vida. Lembre-os de que as cores estão presentes nas roupas, nas frutas, nas casas, nos objetos, na propaganda, na televisão. Mostre exemplos com figuras de revistas, jornais, pinturas, rótulos.

Em seguida, explique aos alunos que além da cor estar presente em nossa vida cotidiana, ela é também um importante elemento de expressão em desenhos, pinturas, fotografias e filmes. Nesse ponto, você já pode começar a fazer com os alunos associações entre as cores e os sentimentos. Pergunte a eles que cor cada um acredita que representa a saudade, o amor, a tristeza ou a felicidade.

Se a escola contar com videocassete, selecione alguns desenhos infantis para mostrar como a cor também é usada nesse caso para expressar sentimentos e situações. Outra opção é pedir aos alunos que recortem de gibis figuras que tenham suas expressões reforçadas pelas cores.

As crianças também podem ser convidadas a fazer diferentes expressões faciais para que os colegas imaginem a cor de cada uma das expressões criadas.

Na segunda aula,

apresente aos alunos algumas imagens de pinturas da fase azul e da fase rosa do artista espanhol Pablo Picasso. Resgate a importância da cor nestes momentos de seu percurso em que ele retratou sentimentos de tristeza e paixão.

Relacione os acontecimentos da vida do pintor e do contexto histórico com as cores escolhidas por ele para as imagens de cada fase. Saliente aos alunos que, em suas vidas, eles podem escolher outras cores para a representação desses e de outros momentos e sentimentos.

Analise com seus alunos os quadros: A tragédia (fase azul) e Família do acrobata (fase rosa). São dois exemplos de utilização das referidas cores para a expressão de sentimentos que Picasso vivia nas épocas em que os pintou.

Como atividade final, sugira aos alunos que façam uma pintura para expressar um sentimento usando a cor para representá-lo. Diga aos alunos, que a intenção é experimentar uma relação parecida com a que o artista estabeleceu com estas pinturas, ressaltando que cada um pode colocar sua relação com as cores.

Na terceira aula,


faça com os alunos um levantamento sentimentos e sensações - alegria, amor, saudade, amizade, tristeza, raiva, violência, dor, medo, frio, cansaço. Desafie-os a relacionar os sentimentos e sensações com cores.

Proponha que os alunos retratem o colega com duas expressões diferentes, por exemplo, sorrindo e assustado. Reforce a idéia que os retratos sejam iguais nos dois cartões, modificando apenas a cor da pele e a linhas de expressão, pois eles formarão um jogo da memória ou cara-a-cara.

O importante é explorar a expressividade e o potencial gráfico da criança. Cada aluno deverá pintar dois retratos do colega.

Na quarta e última aula,

os alunos deverão usar os cartões preparados anteriormente para jogar. Veja as regras:

Jogo da Memória
Os alunos deixam todas as cartas viradas para baixo e tentam fazer os pares.

Cara a Cara

Um aluno escolhe um dos cartões e não mostra para o resto da turma. Os outros alunos elaboram questões sobre as características de cada expressão ("A boca está sorrindo?", "Os olhos estão com lágrimas?") para descobrir que sentimento ou cor estão representados no cartão escolhido. Este jogo de adivinhação é uma forma divertida e descontraída de se trabalhar os conceitos e percepções.

Avaliação

É importante lembrar que, ao estabelecer associações para as cores, o aluno estará fazendo uso de valores pessoais, que muitas vezes é determinado pela sua cultura, portanto, não existe certo ou errado nas atribuições, aliás, o mais interessante desta situação é confrontar os diferentes pontos de vista.

Verifique se o aluno resgata as idéias veiculadas nas discussões e na execução das pinturas nos cartões no desenrolar dos jogos.

Verifique se o aluno estabelece relação entre a cor, o sentimento e a expressividade através do desenho no cartão.

Aprofundamento de conteúdo
Estudar artistas do expressionismo alemão.

Sindrome da morte Súbita




Com especial incidência nos primeiros seis meses de vida, ainda que possa manifestar-se até ao ano de idade, a Síndroma de Morte Súbita do Lactente tem ainda causas desconhecidas.
Por esta razão a maioria dos pais não hesita em deitar o bebé de barriga para cima na altura de dormir. Mas a partir do terceiro mês e quando estão acordados, os bebés devem ser colocados de barriga para baixo.
Desde 1992, ano em que foi difundida a campanha ‘back to sleep’, que os casos da Síndrome da Morte Súbita diminuíram significativamente. Os pais passaram a ser informados da importância de deitar os bebés de barriga para cima de forma a reduzir as mortes inexplicáveis de crianças aparentemente saudáveis no primeiro ano de vida. Gonçalo Costa (osteopata pediátrico) explica:

A morte súbita é uma síndrome, ou seja, não há apenas uma explicação para acontecer. O deitar de barriga para baixo pode levar à asfixia do bebé nos lençóis, em brinquedos que tenha na cama ou até no próprio vómito.

De acordo coma osteopata pediátrica Vanessa Faria Lopes:

A partir do terceiro mês de vida e quando acordados, os bebés devem ser colocados de barriga para baixo, sempre de forma vigiada e por curtos períodos de tempo. Esta posição faz com que os bebés comecem a sustentar a cabeça, exercitando os músculos posteriores do pescoço, costas e membros superiores, resultando no fortalecimento da musculatura e na promoção da coordenação dos movimentos e desenvolvimento motor do bebé.

Graças a este exercício continuado, à medida que vai crescendo, a criança vai adquirindo muito mais força e coordenação nos músculos da parte superior do corpo.
Gonçalo Costa recorda que:

No primeiro trimestre os bebés não devem estar muito tempo de barriga para baixo, mas podem passar por essa posição enquanto estão ao colo dos pais porque a cabeça representa uma estrutura corporal muito pesada considerando a potência e resistência dos músculos abdominais, dorsais e cervicais. Assim sendo, o bebé não tem capacidade de manter a cabeça estável durante muito tempo em posições que sejam muito exigentes do ponto de vista muscular.
Desde que feita em segurança, na devida idade e durante o tempo útil, esta posição ajuda a criança a estruturar a musculatura que vai desde as nádegas – muito importantes para a estabilidade em pé e para a marcha – passando pelos músculos para-vertebrais extensores da coluna, até aos extensores cervicais.

sábado, 21 de agosto de 2010

A Importância da Massagem para o bebê




O tato é o sistema sensitivo mais amadurecido nos primeiros meses de vida, sendo uma ferramenta essencial para estimular o contato do récem nascido com o meio externo e com a mãe. É desse vinculo inicial que nasce grande parte da segurança desse novo individuo. Os benefícios do toque através da massagem são inúmeros, pois recria a sensação de conforto e segurança vividos no útero, auxilia no sono, na atividade recreativa do bebê, o que reflete até na diminuição do choro diário.
A massagem é uma deliciosa maneira de hidratar a pele do seu bebê e ainda fortalecer o forte laço de amor presente entre vocês. Ela deve ser realizada quando tanto a mãe quanto o bebê estejam relaxados e calmos. Trinta minutos após a mamada é um momento considerado adequado. Deixe a temperatura do quarto agradável, pois o bebê estará sem roupa, e coloque-o sobre uma superfície macia na qual ele se sinta seguro e confortável. A massagem deve ser feita com toques suaves em pés, pernas, abdomem, toráx, braços, mãos cabeça e costas. Nunca se esqueça de conversar e olhar nos olhos do bebê durante a massagem, pois auxilia muito os dons da comunicação da criança. Uma dica sobre a pressão utilizada na massagem: a mesma feita na sua pálpebra antes de sentir qualquer dor nos olhos. Nas áreas pequenas use os dedos nas áreas maiores as palmas das mãos.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

leitura no berçário




Que leitura é essa?


Importância da leitura no berçário

•Cuidado afetivo
•Construção da identidade
•Interação com os livros e através dos livros
•Desenvolver gosto pela leitura
•Desenvolvimento da imaginação
•Acesso às histórias como patrimônio cultural
•Acesso a cultura letrada

Orientações para os professores de berçário
Ambiente enquanto espaço e relações


• Criar clima para a história
• A criança “segue” o professor, que é modelo de relação que estabelece com o objeto livro e com a leitura.

• A roda de história
1. Um lê e outro apóia – respeitar quem está lendo, também serve de modelo, chama a atenção, dá colo.
2. Como apresentar o livro
3. Como segurar o livro
4. Revezar leitura e conto como estratégia
5.Conversa a partir das histórias

• Acesso aos livros e autonomia

Condições para um bom trabalho

1. Critérios de seleção

• Qualidade do texto
O texto deve apresentar um bom trabalho de linguagem, coesão interna e organicidade, evite obras, cujo caráter utilitário que enfatize visões diretiva e inquestionável de mundo e de moral.
• Diversidade:
Procure diversificar os temas e linguagens (prosa, poesia, Cartum, livro sem texto, crônicas, conto de fadas).A oferta de obras com características bem diversas abre possibilidade de uma maior identificação do leitor com os livros, atendendo as diferenças individuais.
• Adequação das obras á faixa etária:
Fique atenta ao tratamento gráfico dado a obra (encadernação, tamanho do livro, tipo de letra), a temática e a extensão da narrativa. Com relação á extensão das narrativas, é importante salientar que os livros com texto podem ser breves ou relativamente longos, porém, desde que sempre acessível à criança que ainda não teve oportunidade de maior contato com materiais escritos. A simplicidade de um texto, no entanto, não deve desvirtuar-lhe sempre acessível à criança que ainda não teve oportunidade de maior contato com materiais escritos. A simplicidade de um texto, no entanto, não deve desvirtuar-lhe a natureza, transformando-o em uma sucessão de frases soltas e sem significados, tal qual uma cartilha.
• Ilustração:
Nesta faixa etária as gravuras é que irão, de inicio, exercer maior atração sobre a criança.

2. Regularidade
É interessante garantir na rotina um momento para leitura ou narração de histórias

3.Criar um ritual
Uma música, um local . No caso do BI optamos por sentar sempre sobre o tapete vermelho, após um período já podemos utilizar outros espaços

domingo, 16 de maio de 2010

trabalhos em EVA



Minhas Fofuchas








Mensagem

PROJETO: BRINCANDO COM AS CORES






Objetivos Gerais:

*Ampliar o conhecimento de mundo.

*Explorar os diferentes objetos e materiais gráficos, plásticos, etc, descobrindo novas formas de manuseio, percebendo características, efeitos e propriedades diversas.

*Interessar-se pelas próprias produções, pelas de outras crianças e pelas diversas obras artísticas (regionais nacionais ou internacionais, com as quais entrem em contato).

*Contato e Produção de trabalhos de arte que privilegiam diferentes linguagens expressivas como as do desenho, na modelagem, da pintura e da construção.

*Desenvolver o gosto, o cuidado e o respeito pelo processo de reprodução e criação.

Objetivos especifico

Propiciar a criança à visualização, exploração, contato e manuseio de diversos objetos que compõem o universo e às cores, possibilitando a criança identificá-las.

Conteúdos

-Exploração da expressão e da comunicação por meio de práticas artísticas, propiciando o desenvolvimento e a criação pessoal.

-Percepções visuais dos objetos, cor, forma, material, visando desenvolver a capacidade interpretação desse objeto (obra de arte) e identificação, de seus produtores através, de características comuns.

Procedimentos Metodologicos

1ª Parte:

- Observar em todo a escola, interno e externo, a diversidade de cores e qual a que se destaca mais, e as crianças mais gostam; (as roupas das caças, etc.);

-Ouvir a música Arco íris (Xuxa), acompanhando o ritmo com o material da bandinha;

-Registrar por meio de desenho, o que mais chamou a atenção da criança na música;

-Folhar revistas e observar o que mais lhes chama a atenção;

-Confeccionar mural com figuras escolhidas pelas crianças;

- fazer uma salada de frutas.

-Fazer uma salada de frutas junto com as crianças e usar as cores trabalhadas;

-Levar, as crianças a observar as cores de tinta que temos e perguntar como fazer para ter mais cores, usando apenas as que temos;

-Deixar a criança misturar as cores de tinta a seu critério e observar as cores novas que descobriu;
-Falar as crianças, sobre o arco-íres se sabem o que é quem já viu;
-Fazer massa de modelar nas cores do arco-íres;

-Confeccionar um arco-íres com as crianças e pedir ou convidar os pais para ajudar.

2ª Parte:

-Conversar com as crianças sobre as cores da natureza e seres vivos (peixes, mar e conchinhas).

-Organizar um aquário na sala com um peixinho;

-Escolher um nome para o peixinho;

-Explicar as crianças quais os cuidados que devemos ter com peixinho e como proceder;

-Dividir a tarefa de cuidar do peixinho com as crianças;

-Criar dia da visita do peixinho;

-Explicar aos pais, o objetivo da atividade e solicitar autorização para que a criança leve o peixinho para passar uma noite em sua casa ou um fim de semana;

-Realizar um sorteio em sala e colocar em um cartaz, o roteiro do peixinho, para que as crianças possam saber quando será sua vez de levá-lo para casa.

3ª Parte:

-Ouvir a música "Aquarela".
-Reproduzi-la, e organizar painel em seqüência.

-Organizar turmas para:
-Uma para dramatizar á música.
-Outra para confecção do material a ser utilizado.
-Outra para acompanhar a dramatização com a bandinha.

4ª Parte:

-Escolher com as crianças uma obra de um pintor famoso e observá-la.

-Criar com a ajuda dos pais um ambiente apropriado para pintura com cavaletes e avental, tintas, pinceis, etc.

-Incentivar a criança a reproduzir parcial ou total a obra;
-Realizar exposição das obras produzidas.

Exemplos de Atividades semanais para bebês




Segunda

Folhear livros (capa dura/plástico ou pano) e revistas
Ouvir pequenas histórias (livros e gravuras)
Música com gestos
Brincar com a língua, barulhos, repetição de sílabas/onomatopéias
Trabalhar com os sentidos: visão (esconder e encontrar objetos)
Uso do espelho: ver a si e ao outro(d) Trabalhar quantidade: muito/pouco, cheio/vazio, mais/menos

Terça

Tinta caseira
Cartões de linguagem
Música com gestos
Trabalhar com os sentidos: Tato (textura, peso, temperatura)
Trabalhar com semelhanças e diferenças
Comparar objetos quanto a forma, tamanho e cor
Dobrar e amassar papéis (modificar formas dos objetos)

Quarta

Rasgar e amassar papéis (texturas variadas)
Observar fotos e revistas (identificar objetos, pessoas e lugares)
Música com gestos
Trabalhar com os sentidos: Olfato
Trabalhar partes do corpo
Separar objetos em caixas/classificação (ajudar a arrumar)
Realizar ativ. que explorem: perto/longe (c/ o corpo, gravuras, fotos)

Quinta

Brincar com sucata
História com fantoches
Música com gestos
Trabalhar com os sentidos: Audição (sons prodizidos com objetos e o corpo)
Jogos de encaixe
Guardar objetos em diferentes tamanhos de caixas
Realizar ativ. que explorem: junto/separado (c/ o corpo, gravuras, fotos)

Sexta

Massinha caseira
Cartões de linguagem
Fazer ruídos com a boca (beijo, som do índio, estalar língua...)
Música com gestos
Trabalhar com os sentidos: (paladar)
Brincar de faz de conta: panelinha, carrinho, boneca, telefone...)
Empilhar objetos (até 3 objetos)
Realizar atividades que explorem: por cima/por baixo (c/ o corpo, gravuras, fotos)

A importância do brinquedo




O que é o brinquedo

Ao se iniciar na brincadeira a criança pode estar em busca de auto-realização ou procurando expressar-se de uma forma mais amena, mais livre. Assim, a brincadeira pode ser um cadinho cultural que sirva tanto para revelar o indivíduo através de dramatizações, música etc., como para a criança promover uma interação com as demais, incentivando-a a se posicionar, tomando decisões.
A proposta inerente ao brinquedo é o da descoberta, da experimentação, da reinvenção. A criança, em contato com o brinquedo, desenvolva a imaginação, mas também desenvolve a capacidade de análise, de comparação, de criação. Desenvolve, em paralelo, habilidades e enriquece seu mundo interior; a leva a participar do mundo real.
O brinquedo, em sua singeleza, é capaz de prover de recursos para a vida à criança que se transforma em cidadão e necessita de um processamento mais ordenado para seu desenvolvimento. A realidade áspera do mundo dos adultos deve ser mitigada para o universo infantil. O brinquedo cumpre esta tarefa.
É através do processo de experimentação que o mundo social será introduzido gradativamente nas relações infantis, tendo os brinquedos e jogos papel relevante a cumprir nesta tarefa. A sociabilização se faz completa quando pode a criança experimentar no jogo e no brinquedo suas reações, aprendendo a se conhecer.
Vygotsky e Leontiev (1988) entendem que as atividades lúdicas não se ligam unicamente ao prazer, pois a imaginação e as regras são características que servem para definir a brincadeira, mesmo que a lógica estabelecida pela situação do jogo não seja formal.

A criança deverá ser capaz de conhecer e resolver os problemas impostos pela vida, justamente, por já ter experimentado o conhecimento e solução de problemas, seja criando regras, seja invertendo mandos e poderes durante o brinquedo ou o jogo. A atividade lúdico-educativa deve privilegiar o desenvolvimento holístico da criança que a permita ingressar satisfatoriamente no mundo dos adultos.
Leontiev entende que na atividade lúdica a criança desenvolve sua habilidade de sujeitar-se a certas regras, pois, "dominar as regras significa dominar seu próprio comportamento, aprendendo a controlá-lo, aprendendo a subordiná-lo a um propósito definido" (1988: 139).
História do brinquedo
As brincadeiras sempre estiveram presentes na vida das crianças. Desde as épocas mais antigas elas brincam, procurando decifrar o mundo através de brincadeiras de faz de conta, jogos com bolas, arcos, rodas e bonecas.
Assim, diferentes povos ao longo da história da humanidade, deixaram registrados em murais, desenhos, esculturas e pinturas aspectos variados da vida cotidiana onde a presença dos jogos, brinquedos e brincadeiras são elementos que geralmente caracterizam como crianças os indivíduos ali representados.
Entre os egípcios, os gregos, os romanos, os maias, e os indígenas os jogos aparecem como partes de um ritual e como de meio da geração mais adulta transmitir aos mais jovens seus conhecimentos físicos, sociais, culturais e espirituais.
O estudo sobre a importância e influência da ludicidade sobre a aprendizagem já data de algum tempo atrás. Em 1984, Benjamim realizou uma série de importantes reflexões acerca do lúdico em seu aspecto cultural; entendendo que o brinquedo e o ato de brincar servem para relacionar o adulto em confronto com o mundo da criança.
Os estudos de Benjamim andaram pela história cultural dos brinquedos, procurando verificar sua evolução e presença junto à humanidade desde os tempos primeiros da civilização, quando eram totalmente artesanais, até o século XIX, quando, em decorrência da evolução industrial sofrida pelo mundo ocidental, passaram a ser industrializados.
Johan Huizinga (1990), filósofo holandês, vê o homem evolutivamente ultrapassando os conceitos de saber, fazer e brincar. Para ele a "criança joga e brinca dentro da mais perfeita seriedade que a justo título podemos considerar sagrada. Mas sabe perfeitamente que o que está fazendo é um jogo".
O mesmo autor define o jogo como "uma função da vida,... é uma atividade voluntária e a primeira das características fundamentais do jogo é o fato de ser livre, de ser ele próprio liberdade" (HUIZINGA: 1990, 47).
Ao final dos novecentos, os brinquedos tornaram-se maiores por causa do próprio processo industrial afastando-se do mundo infantil e nada mais sendo do que um objeto do adulto para a criança. Com essa sofisticação, os brinquedos perderam sua simplicidade e já não mais serviam, para esse autor, para unir mães e filhos.
Devido ao caráter simbólico dos brinquedos, pois muitos são derivados de objetos religiosos, posteriormente dessacralizados, foram uma imposição feita pelos adultos que as crianças adaptaram a sua própria maneira de ser na brincadeira.
A história da evolução cultural dos brinquedos mostra que eles exercem grande fascínio sobre as crianças, mesmo os feitos originariamente de sucata dos adultos, que são redimensionados pelo mundo imagístico infantil, que lhes dá novo rumo e finalidade.
O encantamento do brinquedo não está na sua aparência de luxo ou no requinte tecnológico que possa exercer sobre os infantes, mas pelas diversas possibilidades de utilização, de motivar brincadeiras e de interagir com elas. Uma bola não é apenas um objeto de jogo, mas uma parceira em variados momentos da vida da criança, podendo ser objeto de estudo e análise, se devidamente manipulada.
Benjamim acreditava que a criança, devido a seu exercício lúdico de imaginação, muito se aproximava do mundo do artista, do colecionador etc. Antes de tudo, não é o conteúdo imaginário do brinquedo o determinador das brincadeiras infantis, e sim a criança.

O brinquedo e o desenvolvimento infantil

O brinquedo apresenta a propriedade de construir o mundo, permitindo sua expressão quando há dificuldade em verbalizar suas dificuldades. Sua escolha é motivada pôr processos e desejos íntimos, pelos seus problemas e ansiedades. É brincando que a criança aprende que, quando perde no jogo, o mundo não se acaba.
Na confecção de um jogo, por exemplo, que envolva reproduções de
obras de arte há escolhas desta ordem, devendo-se levar em conta aspectos do conteúdo da linguagem plástica para estarem sendo introduzidos às crianças e considera-se elementos da compreensão infantil para que juntos permitam a apropriação do conhecimento (DIAS,1996: 13).
Vygotsky (1984: 34) definiu o brinquedo como sendo uma atividade que não proporciona experiências tão agradáveis como outras; entretanto, do ponto de vista psicológico apresenta papel fundamental.
Ao se compartilhar das idéias de Vygotsky, entender-se-á que a facilidade ou a dificuldade de criar jogos, brincadeiras, dispor de expressividade corporal em situações lúdicas provém da cultura corporal de cada um, o que significa considerar a pré-história dos praticantes.

O papel do brinquedo na escola

A atividade de brincar proporciona uma possibilidade de se aprender pragmaticamente as relações do indivíduo com realidade social, seja através de atividades dinâmicas ou desafiadoras que exijam uma participação realmente ativa da criança para deslinde de todas as situações apresentadas, além de sua adequação ao mundo exterior, ao outro.
Brincar é a linguagem natural da criança, e a mais importante delas. Em todas as culturas e momentos históricos as crianças brincam (mesmo contra a vontade dos adultos). Todos os mamíferos, por serem os animais no topo da escala evolutiva, brincam, demonstrando a sua inteligência.
Entretanto, há instituições de Educação Infantil onde o brincar é visto como um "mal necessário", oferecido apenas por que as crianças insistem em fazê-lo, ou utilizado como "tapa-buraco" (para que o professor tenha tempo de descansar ou arrumar a sala de aula).
A brincadeira é uma atividade essencial na Educação Infantil, onde a criança pode expressar suas idéias, sentimentos e conflitos, mostrando ao educador e aos seus colegas como é o seu mundo, o seu dia-a-dia.
A brincadeira é, para a criança, a mais valiosa oportunidade de aprender a conviver com pessoas muito diferentes entre si; de compartilhar idéias, regras, objetos e brinquedos, superando progressivamente o seu egocentrismo característico; de solucionar os conflitos que surgem, tornando-se autônoma; de experimentar papéis, desenvolvendo as bases da sua personalidade.
Cabe ao professor fomentar as brincadeiras, que podem ser de diversos tipos. Ele pode fornecer espelhos, pinturas de rosto, fantasias, máscaras e sucatas para os brinquedos de faz-de-conta: casinha, médico, escolinha, polícia-e-ladrão, etc.
O professor ainda pode pesquisar, propor e resgatar jogos de regra e jogos tradicionais: queimada, amarelinha, futebol, pique-pega, etc.; confeccionar vários brinquedos tradicionais com as crianças, ensinando a reciclar o que seria lixo, e despertando o prazer de confeccionar o próprio brinquedo: bola de meia, peteca, pião, carrinhos, fantoches, bonecas, etc.

Considerações finais


Um brinquedo que pretenda atender às necessidades educativas e prazerosas de uma criança deve estar voltado para determinados fatores que contribuem para que as necessidades infantis sejam convenientemente atendidas. Esses fatores são: interesse, adequação, apelo à imaginação, versatilidade, composição, cor e forma, tamanho, durabilidade e segurança.
Todos esses aspectos são extremamente importantes na escolha do brinquedo; contudo não é demais ressaltar o valor que o interesse desperta na criança para sua escolha. Tanto é assim que o objeto prazeroso nem sempre está associado à beleza aparente ou sua sofisticação.
O interesse a ser despertado na criança é que vai determinar ser o brinquedo bom ou ruim. O brinquedo considerado bom ou adequado para a criança é aquele que, implicitamente, a convida a brincar; desafia seu raciocínio; estimula sua atenção e curiosidade; desperta a sua percepção.
Um brinquedo torna-se atraente para a criança quando representa um objeto de afeto, uma posição de status perante as demais crianças, sensação de segurança, quando atendem a sua hiperatividade. Ainda despertam o interesse da criança brinquedos que sirvam de ponte entre ela e uma situação difícil.
O interesse da criança ainda pode ser despertado por ter o brinquedo atendido a uma determinada carência ou a uma fantasia; ainda por ser um desafio a uma habilidade específica.

Mordidas no berçário




Ai, não morde que eu não sou pizza!!!
A Mordida na educação infantil


Nos primeiros anos de vida, o principal contato da criança com o mundo exterior, acontece na forma oral, no primeiro ano, o ato de sugar o seio que é fonte de alimento e prazer, é também uma forma de interagir com o mundo (choro/balbucio), mesmo após os primeiros aprendizados da língua oral, a criança continua usando a boca, como forma de explorar e descobrir o mundo. Este ato, se relaciona à fonte de libido, mas não está relacionada ao libido de forma erótica, mas sim como prazer e exploração do mundo, quando morde, a criança não busca provocar a dor intencionalmente, embora o ato de morder seja prazeroso, ela está apenas explorando o meio, seus limites e o outro. Sigmund Freud (1856-1939), diz que a criança experimenta o mundo (e o outro) através da forma oral, para ele, o prazer de morder está relacionado com o uso do instrumento que a criança melhor domina, a boca. Com isso, a boca vai ganhando novas funções, da nutrição, vem o choro, para expressar e conseguir mais rapidamente, a atenção que deseja, após os balbucios e as primeiras palavras, a mordida vem como uma forma rápida de manifestar o que deseja.
Não há educador que não tenha vivenciado esta fase, pois embora cause estranheza e medo aos pais e seja um estresse na rotina diária do professor, este comportamento não é anormal e encontra suas justificativas, dentro das características do desenvolvimento infantil.
Segundo D’Andrea, a fase oral é dividida em duas etapas, a de sucção e a de mordida.
Na fase da mordida “há uma tendência a destruir, morder, triturar o objeto antes de incorporá-lo”. Essa fase é dividida em duas características principais, sendo oral receptiva, quando o sujeito não passa por privações, tornando-se uma pessoa muito generosa e oral agressiva que aparece uma “tendência a odiar e destruir, a ter ciúmes da atenção que outros recebem, a nunca estar satisfeito com o que tem e a desejar que os outros não tenham algumas coisas, mesmo que não as queira para si”.

QUANDO A MORDIDA É NORMAL E QUANDO DEIXA DE SER?

Henri Wallon (1879-1962), diz que a criança está testando os limites do próprio corpo, formando sua personalidade individual, quando morde, ela está elaborando seu “eu corporal”, ou seja, descobrindo onde acaba seu próprio corpo e onde começa o do outro.
Até os quatro anos, a mordida é considerada normal, como forma de expressar-se e até lidar com frustrações, crianças em adaptação na escola ou crianças ciumentas que recebem um coleguinha novo, podem morder para expressar sentimentos. A criança ainda não consegue verbalizar seus anseios como, “estou com ciúmes” ou “quero ir para casa”, pode fazer uso da mordida para expressar seus medos.
Crianças sensíveis a frustração, quando contrariadas por um colega, durante uma disputa por brinquedo ou a recusa do educador a permitir que faça algo, podem morder como forma de expressar raiva.
Após os 3 anos, quando a criança já é capaz de expressar oralmente o que sente e já entende com clareza que morder provoca dor e machuca, é preciso buscar uma ajuda especializada, como forma de controlar este comportamento, caso ele persista.
Ao identificar qual a razão que leva a criança a morder, cabe ao educador interferir, buscando sanar o problema, seja dando atenção e um colinho para quem mais precisa, seja negociando brinquedos e intermediando disputas.

E COMO AGIR?

Seja firme, diga que não foi legal, que o amigo agora está sofrendo e chorando, pois morder machuca. Não estenda o “sermão”, seja breve;
Leve a criança que mordeu, para prestar atendimento ao colega que foi vítima, durante este momento, chame a atenção para o fato do colega estar chateado e com dor;
Algumas crianças que mordem mais frequentemente, devem permanecer sempre próximas ao educador, para que o mesmo possa interferir de forma rápida, evitando novas investidas;
Explique que na boca, mastigamos pizza, bolo, arroz, feijão, que o colega não é comida, é amigo e devemos acariciar;
Elogie bastante, a cada demonstração de carinho e verbalizações orais;
Converse com os pais, explique como aconteceu, fique mais atenta para que não se repita, mas não deixe de orientar que esta ação faz parte do desenvolvimento infantil;
Avise aos pais da criança que mordeu sobre o fato e comunique os familiares da criança que foi mordida, mas jamais, divulgue o nome da criança que mordeu, para evitar a criação de rótulos e até o mal estar entre as famílias;
Em alguns casos, pais de crianças que mordem, costumam brincar usando a boca e até dando pequenas mordiscadas na criança, explique que o filho pode estar repetindo o gesto, mas por não ter noção da sua força, acaba passando dos limites;
Tome bastante cuidado, pois mordida “pega”, muitas vezes, os familiares da criança mordida ficam tão indignados, que chegam a recomendar que a criança faça igual ou mesmo, a própria criança pode achar que esta é uma forma eficaz de resolver seus conflitos;
Lembre-se: O isolamento não ensina, pois só a convivência vai educar. Separe a criança do grupo somente quando precisar prestar atenção em outras coisas como preencher uma agenda ou trocar uma criança, no restante do tempo “olho vivo e pernas rápidas”;
Aprenda a identificar o contexto no qual a criança costuma reagir mordendo, desta forma, antecipe-se e fique junto, mediando a relação e orientando a criança a agir de forma correta;
Não permita que a criança usufrua do brinquedo ou do colinho, que conquistou na base da mordida, estimule também, o pedido de desculpas;
Se você vai fazer uso de alguma medida punitiva como afastar a criança do grupo por alguns instantes, antes combine e previna a criança;
Não deixe que criem rótulos como nesta turminha tem "tubarão", ou fulano é um mordedor, oriente os pais com segurança e informe-os sobre as características do desenvolvimento infantil. Antecipe-se ao problema.

Querida Profe, embora estressante e bastante tumultuada, esta fase é passageira, a criança quando bem amparada e orientada, aprende a se relacionar da forma correta. Não esqueça que tudo na vida dos pequenos é constante aprendizado. Se conduzirmos de forma firme, mas afetiva, estes comportamentos se transformam em uma relação saudável. Leia bastante sobre as características da sua faixa etária e observe o seu grupo de crianças, investigando a ação das crianças e seu comportamento diante de algumas situações do cotidiano, é possível antecipar a reação dos pequenos, evitando este confronto mais direto.

sábado, 17 de abril de 2010

Reflexões



ORGANIZE-SE

Você abriu, feche.
Acendeu, apague.
Ligou, desligue.
Desarrumou, arrume.
Sujou, limpe.
Está usando algo, trate-o com carinho.
Quebrou, conserte.
Não sabe consertar, chame quem o faça.
Para usar o que não é seu, peça licença.
Pediu emprestado, devolva.
Não sabe como funciona, não mexa.
É de graça, não desperdice.
Não lhe diz respeito, não se intrometa.
Não sabe fazer melhor, não critique.
Não veio ajudar, não atrapalhe.
Prometeu, cumpra.
Ofendeu, desculpe-se.
Não lhe perguntei, não dê palpite.
Falou, assuma.
Seguindo estes preceitos, viverá melhor!

A FÁBULA DA CONVIVÊNCIA


Durante uma era glacial muito remota, quando parte do globo terrestre esteve coberto por densas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram, indefesos por não se adaptarem às condições do clima hostil.
foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, ajuntar-se mais e mais.
Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro.
e todos juntos, bem unidos, aqueciam-se mutuamente naquele inverno tenebroso.
Porém, vida ingrata, espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que forneciam mais calor, aquele calor vital, questão de vida ou morte.
E afastaram-se feridos, magoados e sofridos.
Dispersaram-se, por não suportarem por mais tempo os espinhos de seus semelhantes.
Doiam muito...
Mas essa não foi a melhor solução.
Afastados, separados, logo começaram a morrer congelados.
Os que não morreram voltaram a se aproximar, pouco a pouco, com jeito, com preocupações, de tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima, mas o suficiente para conviver sem magoar, sem causar danos recíprocos.
Assim, suportaram-se resistindo à longa era glacial.
Sobreviveram!

Autor Desconhecido

AS TRÊS PENEIRAS

Um rapaz procurou Sócrates e disse que precisava comentar-lhe algo.
Sócrates ergueu os olhos do livro que lia e perguntou:
- O que você vai me contar já passou pelas três peneiras?
- Três peneiras?
- Sim. A primeira peneira é a Verdade. O que você quer contar dos outros é um fato? Caso tenha ouvido contar, a coisa deve morrer por aí mesmo. Suponhamos que seja verdade. deve então passar pela segunda peneira: A Bondade.
O que você vai contar é coisa boa? Ajuda a construir ou destruir o caminho, a fama do próximo? Se o que você quer contar é verdade e é coisa boa, deverá passar ainda pela terceira peneira: A Necessidade.
Convém contar? resolve alguma coisa? ajuda a comunidade? Pode melhorar o planeta?
E, arremata Sócrates: - Se passar pelas três peneiras, conte! tanto eu, você e seu irmão nos beneficiaremos.
Caso contrário, esqueça e enterre tudo.
Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e levar discórdia entre irmãos, colegas de planeta.
Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz.

QUEM É RESPONSÁVEL PELA QUALIDADE?

Está é uma história sobre quatro pessoas chamadas: TODO MUNDO, ALGUÉM, QUALQUER UM e NINGUÉM.
a QUALIDADE era um serviço importante a ser feito, e TODO MUNDO estava certo de que ALGUÉM o faria.
QUALQUER UM poderia ter feito.
ALGUÉM ficou zangado sobre isso, por que era serviço de TODO MUNDO.
TODO MUNDO pensou que QUALQUER UM podia fazê-lo, mas NINGUÉM percebeu que TODO MUNDO não o faria.
No fim, TODO MUNDO culpou ALGUÉM quando NINGUÉM fez o que QUALQUER UM poderia ter feito.